Quatro policiais, um casal de idosos e um prato de espaguete: a história que move a teia

Em Roma, o verão é quente e tranquilo, os subúrbios estão vazios e o sol cozinha o asfalto: sair de casa parece uma tarefa impossível. Até para tomar um sorvete. Até para visitar seus pais.
O verão em Roma é ainda mais quente e tranquilo no bairro Appio, na casa de Jole e Michele.
Ele tem 94 anos, ela 89: eles estão lado a lado há setenta anos.

© Facebook - Sede da Polícia de Roma

O silêncio é quebrado apenas pelo jornalista que enche a tela e a sala de imagens violentas e palavras assustadoras. A solidão e o sofrimento espreitam entre as rugas de Jole e Michele, e uma lágrima se transforma em um grito desesperado.
Alguém liga para o 113, presumindo uma briga familiar ou a invasão de um ladrão no apartamento do casal.
E, em vez disso, quando Andrea, Alessandro, Ernesto e Mirko chegam a Appio, encontram apenas o casal de velhos, exausto, triste. Sozinho.
E eles decidem preparar o jantar.

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É preciso ser homem.
Seja verdadeiro.

Um jantar simples: espaguete com manteiga e parmesão. O ingrediente que faz a diferença é a companhia de quatro homens que enchem a pequena cozinha de anedotas contadas em dialeto, risos espontâneos e sorrisos sinceros. Jole e Michele enrolam o macarrão nos garfos: gostamos de imaginá-los apertando as mãos e ouvindo divertidos o silêncio desaparece.