Moda e inclusão: o caso Valentino

Um dos comerciais mais veiculados na TV atualmente é, sem dúvida, o da Nasceu em roma, a nova fragrância de Valentino. No vídeo podemos admirar uma esplêndida modelo negra em um vestido rosa que sobe em uma motocicleta e dirige com um menino atrás dela do centro de Roma até a Villa Aldobrandini, perto de Frascati. Os modelos em questão são os lindos Adut Akech e Anwar Hadid, filho de Yolanda Hadid, uma supermodelo famosa entre os anos 70 e 90, e irmão de Bella e Gigi, entre as modelos mais solicitadas e pagas dos últimos cinco anos.

Para um olho desavisado, este clipe parece ser um anúncio de perfume muito comum, daqueles veiculados cem vezes por dia no período pré-natalino, mas, se o analisarmos mais detalhadamente, surge uma reflexão interessante. Quantas vezes encontramos uma modelo negra em um anúncio de marca de moda? Não se pode dizer que isso não aconteça, mas certamente pode-se dizer que sim ainda muito raramente. Nesse sentido, o novo diretor criativo da Valentino, Pierpaolo Piccioli, está se movendo na direção certa, favorecendo uma inclusão maior no muito exclusivo. sistema da moda.

Abaixo está um pequeno vídeo explicando o que Pierpaolo Piccioli, em nome de Valentino, está fazendo para revolucionar os cânones estéticos da moda.

A nova cara da grife Valentino: a top model Adut Akech

"A beleza não tem cores ou bordas de qualquer tipo" então Piccioli escreve em um post no Instagram para a apresentação do novo anúncio. E não são palavras vazias, porque este homem revolucionário não faz retórica, mas demonstra o que acredita nos fatos. A nova cara de Valentino de 2018 é, de fato, Adut Akech, uma jovem de 19 anos, nascida no Sudão do Sul, cujos primeiros oito anos de vida foram passados ​​em um campo de refugiados no Quênia, antes de se mudar para a Austrália, onde foi vítima de episódios de racismo pela cor da pele ou pelos cabelos tipicamente afro.

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Moda e inclusão: até onde ir?

Parece paradoxal que uma escolha desse tipo chegue às manchetes em 2019, mas a moda ainda está muito atrasada no caminho da inclusão, principalmente no que diz respeito às corridas: em 2018, apenas 32,5% das modelos não eram brancas. No entanto, podemos consolar-nos com notícias positivas: novamente em 2018 o número de modelos negras desfilaram em Milão ultrapassou os 25%.

A publicidade da nova fragrância Valentino não é a primeira ocasião em que Piccioli se mostra pouco convencional e vanguardista. Já no dia 4 de março de 2018, a diretora de criação teve 48 modelos de cores desfilando de 65, revelando seus beleza rara nos vestidos de alta costura, que acabam com a combinação de negro - street style.Isso também explica o profundo vínculo que une a artista à modelo negra por excelência, Sua Majestade Naomi Campbell, que sempre atuou no lançamento de casting de modelos até mesmo em países africanos.

Piccioli nos mostra que a moda pode ser "remodelado“Sem perder valor, adquirindo, sim, um maior: o da inclusão que, agora mais do que nunca, é necessária numa sociedade cada vez mais assustada com o diferente.

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